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Descomplicando a NR 13



Como funciona a norma que condiciona a operação de vasos de pressão e caldeiras, suas aplicações e requisitos

Descomplicando a NR13

O que é?

A NR 13, criada em 8 de junho de 1978, estabelece os requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando a segurança e a saúde dos trabalhadores.

O que são vasos de pressão

Entre os ramos que utilizam vasos de pressão em suas atividades estão as indústrias petroquímica, mineradoras, cimenteiras, siderúrgica, bem como as produtoras de óleos vegetais, açúcar e álcool.

Os tipos mais comuns de vasos de pressão:

  • Compressores;
  • Canhão desagregador;
  • Separadores de água/óleo;
  • Acumuladores Hidráulicos
  • Boillers em hospitais;
  • Reservatórios de ar comprimido;
  • Cozedores;
  • Reatores, dentre outros.

Os principais dispositivos do vaso de pressão

Classificação dos vasos de pressão na NR 13:

Os vasos de pressão são separados pelo coeficiente pressão x volume, e em função dos fluidos contidos nele, da seguinte forma:

  • Classe A: fluidos inflamáveis; fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºC (duzentos graus Celsius); fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm); hidrogênio; acetileno.
  • Classe B: fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC (duzentos graus Celsius); fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm).
  • Classe C: vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
  • Classe D: outro fluido não enquadrado em nenhuma das outras categorias listadas anteriormente.

É imprescindível realizar a inspeção de segurança — mesmo nos vasos novos — no momento de sua instalação. O não cumprimento da vistoria pode acarretar multa para a empresa. Os principais documentos que um vaso de pressão precisa ter são: placa de identificação (classe, categoria, grupo e produto estocado), prontuário fornecido pelo fabricante ou reconstituído, registro de segurança (livro de ocorrências), relatórios de inspeção e certificado de calibração do equipamento.

Caldeiras

O que são as caldeiras a vapor

Tipos de caldeiras:

  • Caldeiras Flamotubulares, tubos de fogo ou fogo tubulares são aquelas em que os gases quentes resultantes do processo de combustão circulam-se pelo interior de tubos imersos a água. Entre os vários tipos de caldeiras flamotubulares, destacam-se a vertical e a horizontal.
  • Caldeiras Aquotubulares são aquelas que a água a ser vaporizada circula pelo interior dos tubos, enquanto os produtos do processo de combustão correm pelo exterior deles. A produção de vapor das caldeiras aquotubulares é maior do que das flamotubulares. No entanto, as caldeiras aquotubulares apresentam uma construção mais complexa e consequentemente, um maior custeio.
  • Caldeiras Mistas são aquelas que apresentam em sua estrutura partes referentes as caldeiras flamotubulares e outras partes referentes às caldeiras aquotubulares.

Quando uma inspeção em caldeira é feita, alguns documentos são gerados, como dados constantes na placa de identificação, categoria, tipo de caldeira, tipo de inspeção (com data de início e término), entre outros. Ao fim, são gerados resultados com uma relação dos itens da NR 13 ou de outras exigências legais que não estão sendo cumpridas, bem como recomendações e providências a serem tomadas. Uma nova data é prevista para outra inspeção após as adequações.

Classificação das caldeiras conforme a NR 13

  • Categoria A: onde a pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2);
  • Categoria B: todas as caldeiras que não se enquadrem nos requisitos indicados para as categorias A e C;
  • Categoria C: pressão de operação é igual ou inferior a 588 kPa (5,99 kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 l (cem litros).

É por conta dessas características que o projeto e a construção de vasos de pressão e caldeiras pede um extremo cuidado e conhecimento das normas. Esses equipamentos são considerados de alta periculosidade, e falhas nesse tipo de maquinário podem acarretar consequências catastróficas, até mesmo com perda de vidas.

O que a NR 13 requer quanto às tubulações:

As empresas que possuem tubulações e sistemas de tubulações enquadradas nessa NR devem possuir um programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo, as variáveis, condições e premissas descritas abaixo (vide prazo na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014):

a) os fluidos transportados;

b) a pressão de trabalho;

c) a temperatura de trabalho;

d) os mecanismos de danos previsíveis;

e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente trazidas por possíveis falhas das tubulações.

As tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir dispositivos de segurança conforme os critérios do código de projeto utilizado, ou em atendimento às recomendações de estudo de análises de cenários de falhas.

Classe dos Fluidos e Grupos dos vasos de pressão

  • Classe A: ­ fluidos inflamáveis; ­ fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºC (duzentos graus Celsius); ­ fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm); ­ hidrogênio; ­ acetileno.
  • Classe B: ­ fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC (duzentos graus Celsius); ­ fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm).
  • Classe C: ­ vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
  • Classe D: ­ outro fluido não enquadrado acima

Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do produto P.V, onde P é a pressão máxima de operação em MPa e V o seu volume em m3, conforme segue: Grupo 1 — P.V ≥ 100 Grupo 2 — P.V < 100 e P.V ≥ 30 Grupo 3 — P.V < 30 e P.V ≥ 2,5 Grupo 4 — P.V < 2,5 e P.V ≥ 1 Grupo 5 — P.V < 1

Todas as ações de segurança do trabalho realizada dentro de empresas e indústrias visam um único fim: prevenir tanto os trabalhadores quanto a própria empresa de possíveis riscos.

 

Fonte: Ambra Engenharia

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